Artigo de opinião de Paulo Alves e de Amélia Simões Figueiredo, diretores da Escola de Enfermagem do Porto e de Lisboa, respetivamente.
Êxodo dos professores de Enfermagem é o movimento profissional no sistema binário
A opção por um local para leccionar não se deve resumir às melhores condições remuneratórias, mas considerar também a matriz identitária das instituições.
É reconhecido o envelhecimento da população portuguesa, dos professores em geral e dos professores de Enfermagem em particular. À reconfiguração profissional dos professores, por mecanismos de aposentação e contratação, associam-se os movimentos de recomposição profissional, por concurso público para professor adjunto e coordenador ou para professor auxiliar ou associado, nos estabelecimentos de ensino públicos, particulares e na Universidade Católica Portuguesa.
A maior oferta gera procura e um movimento de professores entre as várias tipologias de estabelecimentos de ensino: os institutos superiores politécnicos, com maior expressão no país, as escolas superiores de Enfermagem não integradas, com maior movimento de professores, e as universidades onde o ensino de Enfermagem é ministrado, apesar da ancoragem à alínea e) do decreto-lei n.º 480/88, do conhecimento de todos, no âmbito politécnico para os 1.º e 2.º ciclo de estudos (licenciatura e mestrados) e no âmbito universitário para o 3.º ciclo (doutoramento).