"Investigação em Enfermagem e Inteligência Artificial" foi o tema central do IV Encontro Científico Investigação em Enfermagem, promovido pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros. Participaram no evento muitos investigadores da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem e da Escola de Enfermagem (Porto) da Universidade Católica Portuguesa. O evento, que reuniu profissionais da área da saúde e investigadores para discutir as últimas inovações e desafios da enfermagem, permitiu refletir sobre a crescente importância da tecnologia na transformação dos cuidados de saúde.
O Encontro, que decorreu a 3 de dezembro, contou com a participação de especialistas de renome, que aprofundaram a relação entre tecnologia e enfermagem. Vasco Neves, docente da Escola de Enfermagem (Porto) participou na sessão de abertura, destacou a importância do tema, enfatizando a necessidade de inovação para responder aos desafios crescentes nos cuidados de saúde.
Paulo Alves, Diretor da Escola de Enfermagem (Porto), apresentou a palestra “Inteligência artificial, formação e investigação”, discutindo como a IA está a revolucionar o ensino, a prática clínica e a investigação na área da saúde. A sua intervenção trouxe perspetivas sobre o uso de algoritmos inteligentes na formação de futuros enfermeiros e no suporte à tomada de decisões clínicas mais precisas e informadas.
Entre os participantes de destaque, Rúben Encarnação, docente da Escola de Enfermagem (Porto) da Universidade Católica Portuguesa, foi um dos palestrantes principais, abordando o tema “O futuro da investigação em enfermagem com inteligência artificial: perspetivas futuras e desafios éticos”. Durante a sua apresentação, o docente explorou as inúmeras oportunidades que a inteligência artificial (IA) oferece para a investigação em enfermagem, como a personalização dos cuidados, a predição de desfechos clínicos e a otimização de tarefas de investigação.
Rúben Encarnação também destacou os desafios éticos associados à IA, incluindo o risco de enviesamento algorítmico, a privacidade dos dados dos doentes e a necessidade de garantir a transparência e a explicabilidade dos algoritmos. Sublinhou que a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar ao juízo humano, nunca como uma substituição. Além disso, enfatizou o impacto da IA na educação em enfermagem, defendendo a formação de futuros enfermeiros para utilizarem estas tecnologias de forma ética e responsável, garantindo que a inovação não comprometa a qualidade dos cuidados.
O IV Encontro Científico foi uma excelente oportunidade para profissionais e investigadores debaterem as implicações da IA na prática clínica, na formação e na investigação. A presença ativa dos docentes da Escola de Enfermagem - Porto reafirma o compromisso da Universidade Católica Portuguesa com a excelência na formação e na investigação, preparando profissionais capacitados para enfrentar os desafios do futuro.
